Por Lucas Santos – Matéria original Metal Injection
ALICE IN CHAINS – BACK GIVES WAY TO BLUE (2009)
Comovente, e fenomenalmente belo. O álbum de reunião do Alice in Chains de 2009, Black Gives Way to Blue, é um monumento ao brilhantismo de Jerry Cantrell e à memória de Layne Staley. Além dos riffs matadores em faixas como Check My Brain e A Looking In View, Black Gives Way to Blue é repleto de lágrimas auto-reflexivas e de ritmo quebrado que batem forte a cada execução. É um álbum que compete com os grandes trabalhos do Alice in Chains, com certeza.
ACCEPT – BLOOD OF THE NATIONS (2010)
O álbum que me inspirou a fazer essa lista. Graças a todos aqueles programas do tipo VH1 I Love the ’80s, a única coisa que as gerações mais jovens sabiam sobre Accept era Balls to the Wall. Então, como aquela velha banda cafona poderia voltar com uma obra-prima de heavy metal feroz e contundente em 2010? Blood Of Nations simplesmente amassa! É um daqueles discos que comprova o valor de uma fórmula clássica, desde que você traga paixão e energia para o estúdio de gravação. Quatorze anos antes do Invincible Shield do Judas, havia o Blood Of The Nations do Accept.
GORGUTS – COLORED SANDS (2013)
Após uma trágica separação e um período de seca de 12 anos após From Wisdom to Hate, de 2001, o Gorguts lançou o fenomenal trabalho de vanguarda Colored Sands. É apenas uma hora de supergênio meditativo do death metal, de alguma forma rivalizando com o incompreensível Osbcura. Os fãs de Gorguts certamente começaram bem a década de 2010.
HEAVEN & HELL – THE DEVIL YOU KNOW (2009)
Tecnicamente um álbum de estreia e também um álbum de reunião, o The Devil You Know do Heaven & Hell foi o capítulo final da era Dio do Black Sabbath. Com a formação do Mob Rules reunida novamente, Iommi, Butler, Dio e Appice criaram um magnífico álbum digno da linhagem Sabbath. Bible Black reina como uma das melhores peças de narrativa vocal de Ronnie James Dio, enquanto Fear é um dos grandes riffs de Iommi de todos os tempos.
KILLING JOE – KILLING JOE (2003)
Existem tantos estilos de rock e metal neste álbum – e todos eles são ótimos. Retornando do hiato no novo milênio, o Killing Joke lançou um de seus álbuns mais fortes em 2003. Com Dave Grohl na bateria, Killing Joke tinha todos os ritmos certos a seu favor, estabelecendo uma base sólida para que o vocalista Jaz Coleman pudesse explodir o álbum na estratosfera. You’ll Never Get to Me por si só já vale a pena dar a este álbum o direito de entrar nessa lista.
DEATH ANGEL – THE ART OF DYING (2004)
O renascimento do thrash do início dos anos 2000 precisava de uma contribuição do Death Angel, e eles lançaram um clássico moderno em 2004 com The Art of Dying. Não houve uma era de baixos dos anos 90 para o Death Angel – apenas silêncio após o ótimo lançamento de 1990, Act III. As lendas da Bay Area de alguma forma conseguiram criar outro incrível trabalho com The Art of Dying, simplesmente elaborando outro trabalho incrível com cada membro da banda entregando tudo no disco.
CYNIC – TRACED IN AIR (2009)
Os fãs de death metal dos anos 90 não estavam prontos para o Cynic. A banda foi aparentemente odiada por seu álbum de estreia, Focus, e posteriormente se retirou para seu esconderijo do metal progressivo por 15 anos antes de voltarem e lançarem uma obra-prima chamada Traced in Air. Um épico que pode ser a sua melhor meia hora hoje.
ATHEIST – JUPITER (2010)
Este disco não recebe amor suficiente. Claro, não é o que os fãs da banda de longa data esperavam depois de um período de seca de quase 20 anos, e comparado com o material inicial, Jupiter tem menos base de death metal. Para alguns, parecia fora de foco, idiota e simplesmente irritante, mas uma grande parte dos fiéis fãs da banda se recusa a odiar este álbum. Por que? Porque é selvagem e infinitamente interessante.
CANDLEMASS – CANDLEMASS (2005)
Os anos 90 não foram uma boa época para o Candlemass – eles flutuaram como muitas outras bandas de metal fizeram, mas quando o vocalista Messiah Marcolin retornou para seu segundo ato, as lendas do doom metal rugiram de volta com seu épico álbum autointitulado. Não há nada como aqueles vocais do Messias para reunir toda a dinâmica do Candlemass, e os riffs são memoráveis neste álbum.
FORBIDDEN – OMEGA WAVE (2010)
Omega Wave é um daqueles álbuns essenciais de “retorno à forma”. Os thrashers da Bay Era meio que caíram nos anos de seu excelente lançamento de 1990, Twisted Into Form, mas quando chegou 2010, o Forbidden provou que ainda tinha mais um clássico. Tudo funciona em Omega Wave – a execução é feroz e firme, enquanto os vocais de Russ Anderson atingem o botão nuclear a cada passo. É uma delícia para os fãs e trashers de todo o mundo.
CELTIC FROST – MONOTHEIST (2006)
É claro que não podemos esquecer do Monotheist. Candidato ao maior álbum de retorno do metal de todos os tempos, Monotheist é simplesmente um clássico extremo. É milagroso como tantos estilos (black metal, death metal, gothic metal, industrial metal, doom metal, symphonic metal, avant-garde metal) do Celtic Frost se misturaram tão perfeitamente. Até hoje, nenhuma banda fez algo assim.