Redação 89segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
imagem divulgação
O Måneskin esteve sobre os holofotes neste início de ano quando intensificou as ações promocionais em cima de seu novo álbum de estúdio RUSH!, que chegou na última sexta-feira (20) aos serviços de streaming. Entre as ações, esteve um “casamento entre os integrantes do grupo”, que movimentou a imprensa e sua base de fãs na véspera do lançamento em Roma, na Itália.
Embora dois integrantes do Måneskin, a baixista Victoria de Angelis e o baterista Ethan Torchio, pertençam à comunidade LGBTQ+, o vocalista Damiano David e o guitarrista Thomas Raggi são heterossexuais que adotam um estilo mais fluido de gênero, conhecido como queer, e acabaram recebendo acusações nas redes sociais de queerbaiting, uma prática de apropriação da causa LGBTQIA+ para ter algum retorno financeiro ou de popularidade.
Numa entrevista publicada neste fim de semana pelo The Guardian, de Angelis disse: “Há alguns casos em que isso acontece, mas às vezes [as acusações são] tão extremas. É estúpido para as pessoas queer, que deveriam lutar contra esses estereótipos, rotulá-lo como isso e criar mais ódio. O fato de [Raggi e David] serem heterossexuais não significa que eles não possam usar maquiagem ou saltos”.
David argumenta na entrevista ao jornal britânico: “Tudo o que eu e Thomas fazemos é sempre filtrado por duas pessoas que são [queer]. É claro que não experimentamos as mesmas coisas, mas vivemos todos os dias muito de perto com as pessoas da comunidade”.
O Måneskin também deixou claro que sua exposição representa uma visão moderna do que é o rock’n’roll no século 21. “Acho que a visão que as pessoas têm de nós, e de mim, é muito fora do alvo”, diz David, acrescentando: “As pessoas pensam que nos comportamos como os Sex Pistols, ou o Mötley Crüe, mas não somos nada disso… Temos mais educação sobre os riscos das drogas e como elas afetam seu corpo. Eu nem bebo mais álcool”.
A entrevista na íntegra – em inglês – pode ser conferida AQUI.