review: Green Day – Saviors

Por The Rock Life  | 1 ano atrás

roanirock

Se você tem uma crítica ao Green Day seguir tão ativo, saia de perto de mim! Tão necessário quanto o “American Idiot”(2004) e tão agitado quanto o “Dookie”(1994) e “Father Of All…”(2020), “Saviors” (2024) traz Billie Joe, Mike Dirnt e Tré Cool inspirados, trazendo o melhor do pop punk mais uma vez a tona!

Roani Rock

Confira mais reviews de rock:Soen – MemorialManeskin – Rush!Eclipse – MegalomaniumElectric Mob – 2 Make U Cry DanceThe Rolling Stones – Hackney Diamonds

Gravadora: Reprise RecordsData de lançamento: 19/01/2024

Gênero: Pop PunkPaís: EUA

O Green Day acabou de lançar um novo disco. “mas quem liga?”, “O mundo precisa ouvir esses ‘cinquentões’ falando de política e rock ‘and’roll?” Podem dizer os puristas, mas as respostas para esses questionamentos reacionários e absurdos estão no material exposto em Saviors.

Há muita vontade aqui, já começar com o chute na porta que é “The American Dream Killing Me“, seguido “Look Ma, No Brains“, “Bobby Sox“, “One Eyed Bastard” e a melhor do disco “Dilemma“, traz o misto de ter a certeza que eles não deixam de embrasar, de queimar suas chamas até a última ponta e vem o sentimento nostálgico, pressentindo que uma hora esses caras não vão mais poder tocar e nunca mais teremos outro som deles para curtir, devido ao ciclo da vida.

Não quero “cavar a cova” de ninguém com esse pensamento, mas é um fato, então sejamos gratos por andar na mesma terra que esses caras e vamos aproveitar qualquer oportunidade de celebrar músicas que fazem ode ao passado como “1981“, “Goodnight Adeline” e “Corvette Summer“.

os cinquentões também refletem os novos tempos, mesmo que de maneira sutil. Em Strange Days Are Here To Stay tem a impactante passagem “desde que Bowie morreu nada mais foi o mesmo”. Já Living in the 20’s há uma tentativa de viver intensamente, com o vocalista passando a impressão que é um jovem ou alguém que quer manter os hábitos de quando jovem, para colocar a cabeça no lugar. Já Father to A Son é auto explicativa, parece algum pai dando o direcionamento de vida ao filho, uma faixa bem amorosa.

Billie Joe já falou que sempre que for necessário vai abordar o tema da política e vai deixar explícito no som da banda como na já citada The American Dream Killing Me, faixa na qual são enumerados quase didaticamente os causadores do grande mal-estar dos tempos atuais .

Há também bastante ironia, como na faixa título Saviours que explora essa coisa de o Rock não estar se revitalizando e com pouca aderência das pessoas, jovens não terem mais referências, perceptível nos versos “todo mundo dorme mas ninguém sonha”. Há espaço para Coma City também que toca o dedo na ferida dos novos tempos onde ricaços indo dar uma volta ao redor da terra em foguetes é algo a ser festejado e noticiado como uma conquista da humanidade.

Sério, um disco que tem tudo que fez o American Idiot e o Dookie atemporais não poderia ser algo ruim. Melodicamente fica em pé de igualdade com o álbum de 94, acredito que o de 2004 segue sendo insuperável, mas eles também não precisam fazer um álbum melhor do que o American Idiot. O importante é manter a qualidade, e se manter a sonoridade (sem inovação), aos moldes do pop punk, que está de volta a crista da onda, faz eles felizes e transbordando paixão pelo que é cantado, não há do que reclamar. Sinceramente, estão melhores do que nunca!

Nota final: 07/10


Compartilhe

*Este conteúdo é de direito e responsabilidade exclusiva da fonte original (©The Rock Life). O Rock Notícias é um agregador de conteúdo dos principais portais de Rock e NÃO É responsável pelo conteúdo aqui publicado.