Redação 89terça-feira, 22 de abril de 2025
Reprodução Redes Sociais
A empresária Sharon Osbourne, conhecida tanto por sua carreira como apresentadora quanto por ser a mente por trás da trajetória solo de Ozzy Osbourne, soltou o verbo contra o Coachella 2025. Em uma publicação incisiva feita nesta terça-feira (22) em suas redes sociais, ela classificou o festival como um evento que “comprometeu sua integridade moral e espiritual”, acusando os organizadores de ceder espaço para discursos antissemitas e para artistas que, segundo ela, apoiam grupos terroristas.
O estopim foi a performance do trio irlandês Kneecap, que exibiu mensagens anti-Israel em projeções durante seu show. Sharon criticou duramente a Goldenvoice, produtora do evento, por manter o grupo na programação mesmo após o episódio. “Eles projetaram mensagens de ódio e, ainda assim, foram mantidos no line-up do segundo fim de semana. Isso é apoio explícito à retórica extremista”, escreveu. Para ela, o festival se tornou palco de “expressão política agressiva”, em vez de um espaço cultural.
A esposa do Príncipe das Trevas lembrou os ataques de 7 de outubro de 2023, que deixaram 1.400 civis israelenses mortos, e ainda apontou o silêncio de muitos líderes da indústria musical como uma “traição silenciosa”.
Em tom de apelo, Sharon foi além da crítica e pediu medidas concretas: “Peço que todos se juntem a mim para exigir a revogação do visto de trabalho do grupo Kneecap nos Estados Unidos. Não é sobre censura, mas sobre proteger vidas, memórias e valores”. Para ela, o Coachella deve ser um palco para a cultura e a arte, não “um campo de batalha ideológica travestido de show”.
A BBC procurou um porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos para saber se os vistos do :Kneecap podem ser revogados, mas ouviu que “devido à privacidade e outras considerações, e à confidencialidade dos vistos”, o governo americano não comenta casos específicos.